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Servidores federais virão de todo o Brasil para a Marcha da Classe Trabalhadora

Entidades filiadas à Condsef/Fenadsef reforçam atividade convocada pela CUT e demais centrais sindicais que acontece na próxima quarta, 22, em Brasília. Além de servidores federais, estaduais e municipais também se somam à marcha. Confira

Na próxima quarta-feira, 22, servidores federais de todo o Brasil estarão em Brasília para participar da Marcha da Classe Trabalhadora. Convocada pela CUT e demais centrais sindicais, a atividade tem como eixos centrais a luta pela revogação das reformas trabalhista e previdenciária e o fim da lei das terceirizações. A concentração será a partir das 8 horas entre o estacionamento da Torre de TV e da Funarte. 

Entidades filiadas à Condsef/Fenadsef de diversos estados já confirmaram presença com caravanas que vão se encontrar na capital federal com servidores estaduais e municipais que também reforçam a marcha. A PEC 32, da reforma Administrativa de Bolsonaro-Guedes, segue ameaçando direitos dos servidores e de toda a população brasileira e também está entre os eixos centrais dessa luta.

Em plena campanha salarial e com processos de negociação em curso com instalação de mesas setoriais no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), os servidores federais também vão marchar por suas pautas que incluem cobrar valorização da categoria, a maioria com perdas salariais acumuladas que superaram 30% nos últimos anos.

Os servidores federais seguem em luta por recomposição salarial e reestruturação de carreiras. Apesar de alguns avanços importantes que incluem a conquista, por meio de mobilização, de um reajuste emergencial de 9%, além de reajustes em benefícios, retroativos a maio deste ano, que serão pagos na folha de junho, a luta continua, especialmente para garantir, além dos ativos, que aposentados e pensionistas sejam contemplados em suas demandas. Além disso, os servidores esperam que o Governo Federal cumpra com o compromisso de corrigir distorções salariais e que apresente índices de reajuste salarial isonômicos com os demais acordos firmados até o momento.

A frase escolhida para unificar a luta dos servidores federais, estaduais e municipais é "Dignidade para quem faz o Estado". É o que servidores e empregados públicos de todo o Brasil esperam e está expresso em um panfleto que será distribuído para dialogar com os trabalhadores presentes na marcha e toda a sociedade. 

Confira a íntegra:



No dia 22 de maio, a CUT e demais centrais sindicais convocam uma grande Marcha da Classe Trabalhadora com três eixos principais de luta: pela revogação das reformas trabalhista e previdenciária e pelo fim da lei das terceirizações. A PEC 32, da reforma Administrativa de Bolsonaro-Guedes, segue ameaçando direitos dos servidores e de toda a população brasileira e também está entre os eixos centrais dessa luta.

Nós, servidores federais, estaduais e municipais, unidos na Aliança das Três Esferas, com muita mobilização e unidade, conseguimos barrar o perigo da aprovação dessa proposta que foi considerada por especialistas a pior peça sobre Administração Pública já enviada ao Congresso Nacional. Sabemos que esse continua sendo um obstáculo a ser vencido. Mas nossos desafios são ainda maiores.

Queremos dignidade para quem faz o Estado

Além da luta contra a PEC 32/20, marchamos também:

  • Pela regulamentação da Convenção 151, que garante aos servidores o direito à negociação coletiva
  • Por reajuste salarial digno aos servidores
  • Pela reestruturação de carreiras e realização de concursos públicos
  • Pelo piso e carreira da Educação
  • Pelo piso da Enfermagem
  • Pela aprovação da PEC 555, fim do confisco dos aposentados e pensionistas
  • Contra a Lei Complementar 173, que congelou direitos da categoria

Queremos o povo no orçamento

A população precisa de mais e melhores serviços públicos! O problema é que há um orçamento reduzido em virtude da política de austeridade adotada pelo governo por meio do novo arcabouço fiscal e da absurda meta de “déficit zero”. Esse orçamento é disputado pelo capital financeiro - que come grande parte recebendo juros - e pelo centrão - R$52 bilhões das imorais “emendas parlamentares”.

Quem perde é o povo! As emendas parlamentares, por outro lado, estarão garantidas “linearmente”. É uma total contradição com a soberania popular. Chega de enriquecer os super ricos e cortar do povo!

Marchamos pela reconstrução do Brasil com servidores e serviços públicos valorizados!

Assinam:

Confetam, Fenasepe, CNTE, Condsef/Fenadsef, Sinagências, CNTSS, Proifes e CUT Brasil